Mas afinal, o que é marketing – parte 3

Jornal Indústria e Comércio
Segunda, 29 de Agosto de 1994.
5ª edição da coluna – Página F1

Finalizando a dissecação do conceito de Kotler, resta-nos analisar a rentabilidade da empresa. Pois, sendo o lucro essencial à sobrevivência da empresa, esta, por sua vez, não pode, apenas, preocupar-se em satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes. Mesmo porque não poderá fazê-lo por muito tempo, visto que sem a necessária rentabilidade, a empresa fechará suas portas ao longo do tempo, mesmo que seus clientes estejam plenamente satisfeitos com os produtos ofertados. Basta ver o que ocorreu no mercado doméstico de aviação civil. Após a entrada de Canhedo na Vasp, que lançou mão de uma política comercial agressiva e predatória, todas as três grandes empresas do setor fecharam o ano com prejuízos substanciais. Até mesmo nos EUA, 10 anos após o setor ter sido desregulamentado, sua mais famosa e tradicional companhia aérea, símbolo do império econômico norte-americano, a Pan American, teve sua falência decretada de forma surpreendente, deixando milhares de passageiros a ver navios (ou melhor, aviões!).

Desta última análise a respeito da importância da rentabilidade no marketing, podemos concluir , também, que marketing é um meio para se atingir a meta empresarial (lucro).]

O LEITOR PERGUNTA

Como devemos enfrentar o mercado no ambiente do Plano Real? Conrado Canzonieri, sócio-gerente da Ind. Paranaense de Lavanderias.

Caro Conrado: À sombra dos ganhos financeiros, muitas empresas repassavam os custos de sua ineficiência aos seus clientes. Isto, felizmente, acabou. Sem estes fáceis rendimentos, as empresas serão obrigadas a cobrar somente e exatamente pelos serviços prestados.

ALTA SATISFAÇÃO

Para maior comodidade de seus correntistas, o Banco Real está enviando por Sedex seus talonários de cheques. Um passo à frente para conquistar a fidelidade de seus clientes.

BAIXA SATISFAÇÃO

Atendimentos na rede credenciada Inamps. Temos visto pelas reportagens de TV que as pessoas que procuravam seus serviços não estão sendo atendidas com a mínima dignidade que um ser humano merece. Quem diria, então, como clientes. Ou um contribuinte não é um cliente?

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